{DN: 26/05/1883, Cincinnati, Ohio; DM: 30/10/1946, New York, N.Y.}
A cantora de cabaré Mamie Smith foi a primeira vocalista a gravar um blues. A sua versão de "Crazy Blues" do compositor PERRY BRADFORD foi gravada pela Okeh Records em 10 de Agosto de 1920, foi um sucesso nacional, estimativas falam em 75 mil cópias vendidas no primeiro mês de lançamento e mais de 1 milhão no primeiro ano. O estrondoso sucesso de "Crazy Blues" foi o impulso necessário para que outras gravadoras se interessassem por músicas de blues. Nada mais do que outras nove companhias de gravações, incluindo Black Swan, gravaram cantoras negras de blues até o final de 1923. Embora nunca tenha sido uma cantora de blues, Smith abriu caminho para outras cantoras de blues como BESSIE SMITH, entrando numa era de cantoras clássicas de blues.
Informações sobre o inicio da vida de Mamie Smith, não são precisas. É sabido, entretanto, que ela era dançarina na companhia Tutt-Whitney Smart Set ainda adolescente e mais tarde trabalhou como cantora no Harlem até 1920. A suas primeiras gravações, "That Thing Called Love" e "You Can't Keep A Good Man Down" foram feitas no inicio de 1920 depois que Bradford convenceu os executivos da Okeh Records que os negros deveriam comprar os álbuns feitos por cantores negros. As vendas foram estimadas entre 50 e 100 mil cópias. O sucesso fez com que a Okeh trouxesse de volta para o estúdio Smith em Agosto daquele ano para gravar "Crazy Blues" e "It's Right Here For You". Smith realizou um número de gravações para a Okeh de 1920 a 1923 com a sua banda, a Jazz Hounds, liderado pelo cornetista Johnny Dunn e o trombonista Dope Andrews. Entretanto, muito desse material gravado pela Okeh e outros selos não eram propriamente verdadeiros blues. O seu estilo foi imitado por praticamente todas as outras cantoras negras de blues dos anos 20.
ÁLBUNS ESSENCIAS:
- 'Complete Recorded Works in Chronological Order, Vols.1-5, Document Records (551-555)
** Texto retirado do livro "The Big Book Of Blues" de Robert Santelli
Ttradução e adaptação de Luis Fernando Soares de Almeida
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